DO SINTOMA AO DIAGNÓSTICO: EVOLUÇÃO DAS CARACTERIZAÇÕES NOSOGRÁFICAS DO AUTISMO DO SÉCULO XX AO XXI

Alice Lawall, Anna Ribeiro

Resumo


Esta revisão foca o histórico e a caracterização nosográfica do autismo, trazendo a linha do tempo a partir do século XX até os tempos atuais e buscando discorrer a evolução dos sinais clínicos apresentados pelos pacientes associados ao espectro, bem como o seu diagnóstico. O objetivo deste estudo é esclarecer o seguinte questionamento: como a evolução observada dos sintomas apresentados pelos pacientes contribuiu para as modificações do diagnóstico e as atuais conjunturas do espectro do autismo? Com a pesquisa realizada, identifica-se que os domínios de interação social, comunicação e padrão restrito e repetitivo de comportamento tiveram consolidação no DSM-V-RT e na CID-11, enquanto os subdomínios de interação social e comunicação foram reduzidos. Compreender a evolução dos critérios diagnósticos promove o desenvolvimento da clínica, potencializando a antecipação do reconhecimento da doença e das intervenções necessárias para um melhor prognóstico. Através das linhas de argumentação, feitas através de bases historiográficas e dos manuais diagnósticos, a pesquisa levanta o fato de que o sintoma pode tendenciar o diagnóstico, construindo uma saúde focada no sintoma e não no sujeito. A metodologia foi de caráter exploratório, feita através da leitura de materiais publicados em formato de pesquisas científicas e publicações feitas em canais importantes da área, como Pepsic e Scielo, com o intuito de levantar um conhecimento disponível sobre as teorias, enriquecer a construção de informação sobre o objeto de estudo e orientar a formulação de novas hipóteses sobre o presente assunto.

 

Palavras-chave: Autismo. Comportamento. Interação social. Manuais diagnósticos.

 


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13514287


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