ADOECER-SOFRER NO CONTEXTO NEOLIBERAL: REFLEXÕES ACERCA DA RESPONSABILIZAÇÃO INDIVIDUAL DO SOFRIMENTO PSÍQUICO
Resumo
O presente artigo tem por finalidade discutir a relação intrínseca entre o neoliberalismo, a produção do adoecer-sofrer e a responsabilização individual do sofrimento psíquico como parte da engrenagem do capital que, ao individualizar o caráter plural do adoecimento, multifacetado, em um Estado de política liberal que assume persona coadjuvante na garantia de direitos básicos e igualdade, acaba por fomentar os processos de exclusão, e logo, sofrimento ético-político. Partindo de um ensaio crítico reflexivo sobre a temática, objetiva-se questionar as relações adoecedoras nutridas pelo neoliberalismo, o impacto das mesmas na produção subjetiva do sujeito e a importância do fortalecimento através da comunalidade e de organizações coletivas como forma de resistência de um ser não passivo. Ao viabilizar o diálogo entre múltiplos autores (as), com elo comum no que tange as discussões sobre o neoliberalismo, patologias do social e seu impacto na formação humana, é abrangida uma série de questionamentos e viabiliza-se outros, não esgotando a discussão em suas bases. Reconhece-se o movimento dialético do ser produtor/produto, seu curso emancipatório frente o desejo de um novo modelo societário e o sofrimento como instrumento potencialmente utilizado no reconhecimento de si, do outro e como frente aos movimentos e organizações sociais na elaboração de utopias para um futuro rompante com a realidade experienciada e construído sobre bases que não a do sofrimento/assujeitamento do humano.
Palavras-chave: Neoliberalismo. Adoecimento. Sofrimento. Movimentos Sociais.
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https://doi.org/10.5281/zenodo.13387102
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