A SUBJETIVIDADE NEGRA DIANTE DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE MENTAL: HÁ ESPAÇO PARA ESSA SUBJETIVIDADE?

Jéssica Avelar, Conrado Oliveira, Daniela Mota

Resumo


A teoria eugênica influenciou a psiquiatria e a manutenção do modelo manicomial no Brasil, conhecido também pelo psiquiatra Frantz Fanon. Com a reforma psiquiátrica no país, foi possível traçar meios de romper com o modelo de cuidado da saúde mental antes da redemocratização do Brasil. Entretanto, a subjetividade negra  esteve ausente no pilar teórico da reforma, impactando na prática das política publicas de saúde mental que ainda reproduzem o racismo estrutural  e estruturante.  Assim, este estudo objetivou caracterizar a constituição da subjetividade negra, os modos de subjetivação e o conceito de sujeito a partir do corpo e o atravessamento do racismo, da necropolítica, do mito da democracia racial diante do sujeito, e presente também, nas políticas públicas de saúde mental. A partir da revisão bibliográfica retornou ao processo da reforma psiquiátrica até a conjuntura atual, onde o retrocesso ameaça possíveis avanços e mantém a racismo em vigência. Por último, propôs averiguar as possíveis condições de um cuidado singularizado voltado para a população negra e reflete sobre a possibilidade de cuidado que a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra oferece.

 

Palavras-chaves: Saúde mental. Reforma Psiquiátrica. Políticas Públicas. População negra.


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