A NORMALIZAÇÃO DA DEFICIÊNCIA NO CAPITAL: O VICEJAR DA POTENCIALIDADE À LUZ DA TEORIA ADLERIANA

Roberta Moreira, Anna Ribeiro

Resumo


A busca pela qualidade de vida e pela inclusão social do indivíduo com deficiência física demanda uma normalização do que está fora da norma ditada pelas expectativas da sociedade. Nesse aspecto, o presente artigo tem como objetivo analisar o conceito de deficiência como produto da cultura capitalista e os possíveis impactos nocivos na subjetividade do indivíduo, considerando a necessidade de uma inclusão para além da acessibilidade física. Para a realização do presente trabalho, foram utilizados o método de natureza descritiva e a abordagem qualitativa, com enfoque em autores como Alfred Adler e Michel Foucault. O respaldo filosófico e antropológico, por sua vez, foi buscado nas obras de Andrew Solomon, Débora Diniz, Otto Marques da Silva e Maura Corcini Lopes. O estudo busca fomentar a necessidade de se pensar a inclusão em sua forma singular e total, admitindo a deficiência não como a superação de algo indesejável, mas como símbolo de resistência e presença de uma característica que contribui para a própria existência do sujeito, sem que este seja considerado menos capaz para tal. Para tanto, é preciso compreender como a regência do capitalismo exerce uma distorção dos valores de julgamento sobre as pessoas com deficiência e como a política da normalização incide sobre o sujeito que não se inclui no padrão, contribuindo para o sentimento de inferioridade e impedindo a busca pelo self criativo e pela potência do sujeito.

 

Palavras-chave: Deficiência. Acessibilidade. Normalização. Psicologia individual.

 


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13386539


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