O FEMININO PARA ALÉM DE FREUD – AS CONTRIBUIÇÕES DE KAREN HORNEY
Resumo
O patriarcado iniciou há três mil anos a.C. e atribui ao feminino uma inferioridade, ao passo que valoriza o masculino. Conta com diversas táticas de controle e opressão. Haja vista que a humanidade e a ordem social são regidas por fatores conscientes e inconscientes, percebe-se o contínuo atravessamento dos discursos ideológicos dominantes, presentes na sociedade. Essa percepção é facilitada pelos avanços do movimento feminista, que escancaram os absurdos desse sistema, marcado por inúmeras violências. No início do século XX, em Viena, esse sistema estava tão entranhado na sociedade da época que tornava difícil demais sua identificação, sobretudo à mente masculina. Desta forma, a psicanálise não escapou das amarras do patriarcado, e apesar de ter sido essencial para a mulher, concedendo-lhe voz e espaço para expressão de seus desejos, sua teoria da sexualidade feminina carregou preconceitos, se tornando inadequada, principalmente em pleno século XXI. As revisões que acompanham as mudanças da cultura mantêm a psicanálise viva e dinâmica. Nesse intuito, este trabalho resgata a teoria de Karen Horney, que contribui para uma extensão do pensamento freudiano, um para além rompendo com interpretações universalistas da humanidade. Dessa forma, Horney questiona o poder atribuído naturalmente ao masculino e reformula os pensamentos sobre a mulher, criando a teoria da psicologia feminina, inserindo questões socioculturais à constituição psíquica. Este artigo aborda uma pesquisa de cunho exploratório a fim de ampliar e aprofundar os conhecimentos frente ao tema. A metodologia utilizada no auxílio da pesquisa de bibliografia foi a revisão narrativa.
Palavras-chave: Mulher. Patriarcado. Teoria da Sexualidade Feminina. Psicanálise. Karen Horney.
Texto completo:
PDFReferências
https://doi.org/10.5281/zenodo.13684550
Apontamentos
- Não há apontamentos.