A PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NO CONTEXTO NEOLIBERAL: IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL

Felipe Piobelo, Daniela Mota

Resumo


O presente artigo teve como finalidade analisar os impactos da saúde mental do trabalhador contemporâneo, ocasionados pela flexibilização e precarização do trabalho, processo multidimensional de institucionalização da instabilidade, caracterizado pelo crescimento de diferentes formas de precariedade e de exclusão. Entendendo que a reestruturação produtiva teve consequências substanciais a fragilização, vulnerabilidade e desregulamentação do trabalho, analisar as resultantes do processo de produção subjetiva do trabalhador torna-se fundamental. A partir de uma perspectiva sócio-histórica, a Psicologia Social do Trabalho, pautada em sua ética não liberal, pode contribuir com a análise dos efeitos advindos da precarização, desnaturalizando o processo, reconhecendo sua ampliação no mundo do trabalho e as graves consequências exercidas sobre a saúde mental do sujeito. Observou-se que as práticas flexíveis que viabilizam o cenário de precarização do trabalho tendem a instrumentalizar o fazer singular do sujeito, enfraquecem a formação de coletivos e movimentos de resistência e impactam de forma disfuncional na saúde mental do trabalhador, podendo se manifestar através do sofrimento social.

 

Palavras-chave: Precarização do Trabalho. Saúde Mental. Psicologia Social do Trabalho.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13647222


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