A NEGAÇÃO DA MORTE COMO NEGAÇÃO DO PROCESSO DE INDIVIDUAÇÃO

Manuela Blanco, Paulo Bonfatti

Resumo


Este artigo tem como finalidade analisar a perspectiva da negação da realidade da morte e suas possíveis implicações psíquicas, por meio da Psicologia Junguiana, através de dois pontos principais: a relação com a morte através da História e o processo de individuação e a morte. A discussão em foco, busca construir relações entre temáticas de caráter qualitativo e de perspectiva narrativa, por meio de uma revisão bibliográfica exploratória. Em princípio, a fim de compreender tal negação, é fundamental uma contextualização histórica, desde a era medieval aos dias atuais, para elucidar como a morte passou de ser entendida como natural para ser compreendida como um fracasso. Ao abordar quais as possíveis implicações dessa percepção na psique, bem como analisar questões elementares para o processo de individuação, foi possível concluir que a morte foi colocada na sombra (tanto em nível pessoal quanto coletivo). Como resultado da tentativa de evitação ou negação da morte, nega-se também a vida, levando a um distanciamento e paralisação do processo de transformação e crescimento psíquico.

 

Palavras-chave: Negação. Morte. Psicologia Junguiana. Individuação. Sombra.


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