UM OLHAR TRANSDIAGNÓSTICO PARA A VERGONHA NA TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO

Ana Paula Barroso, Thais Ferraz

Resumo


A vergonha pode ser descrita como emoção e sentimento autoconsciente e moral no sentido que evoca autoavaliação do self e motiva a fazer o bem ou mal, conforme determinada cultura. A literatura aponta que a vergonha envolve uma avaliação negativa global a respeito de si, ou seja, o self é percebido como defeituoso. Além disso, é frequentemente desencadeada pelo juízo alheio e o indivíduo legitima o julgamento negativo a respeito de si. Por ser uma experiência dolorosa e influenciar grandemente nas autorepresentações, o ser humano age no sentido de evitá-la. Esta estratégia é reforçadora ao trazer alívio imediato, porém mantém o indivíduo circunscrito a um repertório comportamental deficiente e o impossibilita abrir-se a uma vida significativa. Na medida em que a vergonha provoca muito sofrimento e aparece em diversas psicopatologias, apresenta-se a proposta da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT – Acceptance and Commitment Therapy), pertencente a ciências comportamentais contextuais e que almeja promover flexibilidade psicológica. Para esta abordagem, as psicopatologias são fruto de inflexibilidade psicológica, composta por fusão cognitiva, esquiva experiencial, atenção inflexível, self como conceito, falta de clareza de valores e inação ou impulsividade. Assim, a ACT tem um olhar pragmático e funcional para o comportamento no contexto, quais suas funções e histórico de reforçamento, logo viabiliza compreender como o indivíduo lida com a vergonha. Para tanto foi utilizado o método de revisão bibliográfica narrativa.

 

Palavras-chave: Vergonha. Terapia de Aceitação e Compromisso. Flexibilidade Psicológica. Transtorno. Transdiagnóstico.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13749623


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