VIDAS VAZIAS E A BUSCA DE SENTIDO NA CONTEMPORANEIDADE: UMA VISÃO JUNGUIANA

Ronaldo Pinheiro de Lima, Paulo Ferreira Bonfatti

Resumo


Ao longo dos séculos, o ser humano vem experimentando impactos psicológicos significativos com as transformações históricas e culturais da sociedade. A princípio, viveu a perda das tradições e dos mitos coletivos, que atuavam como guias e davam sentido para sua vida. Posteriormente, vieram o Iluminismo, a revolução industrial e o advento da sociedade de consumo capitalista, que culminaram na supervalorização, ou unilateralidade do pensamento racional e consequente distanciamento dos conteúdos inconscientes da psique. Assim, a queixa de uma vida vazia e sem sentido passou a ser frequente nos consultórios de psicoterapia, sendo essa considerada uma importante questão coletiva contemporânea. Após anos de prática psicoterápica e estudo de milhares de sonhos de pacientes, Jung observou que, uma reflexão cuidadosa acerca das imagens provindas do inconsciente, produzia efeitos salutares na vida dos indivíduos. Para os que apresentam a queixa de uma vida vazia e sem sentido, a integração à consciência dos conteúdos inconscientes, pode se configurar como uma possibilidade de renovação criativa para suas vidas. Abre-se assim a possibilidade para o ser humano atual talvez se reconectar com suas raízes psíquicas e, quem sabe, encontrar seu próprio sentido. Dessa forma, o presente artigo busca investigar como a psicologia junguiana pode ajudar o indivíduo a lidar com o sentimento de vazio e a falta de sentido na vida contemporânea. Para isso, foi utilizada a revisão narrativa de caráter exploratória, tendo como foco produções bibliográficas de autores junguianos.

 

Palavras-chave: Sentimento de Vazio. Busca de Sentido. Individuação. Psicologia Junguiana.


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