TECENDO CAMINHOS DE (RE)ENCONTRO AO SER/FAZER COMUNITÁRIO: A NECESSÁRIA INFLEXÃO AO MODELO INDIVIDUALISTA NEOLIBERAL E COLONIZADOR NAS PRÁTICAS DA PSICOLOGIA

Oetsia Vargas Smits, Conrado Pável de Oliveira, Lara Brum de Calais

Resumo


O presente artigo teve por objetivo analisar, através de um estudo qualitativo, de caráter exploratório e por meio da revisão narrativa, as condições para a construção de um sentido de ser/fazer comunitário em contraposição aos modos de subjetivação da vida, a partir do modelo individualista, neoliberal hegemônico na América Latina.  Partindo de uma contextualização histórica do neoliberalismo em suas especificidades latino-americanas, seus modos de produção subjetiva e a relação com a constituição epistêmica-metodológica da Psicologia, o estudo direciona-se em três tópicos analíticos sobre o sentido de/do ser comunitário nas práticas do campo psicológico: o primeiro, com breve percurso histórico da psicologia comunitária, aliando-a às atuais preocupações dos estudos sobre a colonialidade; no segundo realiza-se uma aproximação com a psicologia política e a busca de um “comum” enquanto horizonte; no terceiro, se tece um possível (re)encontro com o ser comunitário latino-americano. Compreende-se no presente estudo que o sentido do ser/fazer comunitário, compõe possibilidades que superam a dicotomia entre individual e social em direção ao ser coletivo/comunitário. Isso, a partir do comprometimento ético-político-social com os problemas concretos na totalidade social, com as realidades das lutas por transformação social e (re)existências das populações – intencionalmente – colocadas à margem da sociedade. Produz-se assim, furos estratégicos no modo individualizante e mercadológico imposto pelo projeto capitalista, colonial e patriarcal, presentes historicamente nas práticas da Psicologia.

 

Palavras-chave: Ser/fazer Comunitário. Neoliberalismo. Colonialidade. Psicologia Comunitária. Psicologia Política. 


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