O PROIBICIONISMO DAS DROGAS E O OPERACIONISMO DA NECROPOLÍTICA

Luiza Costa Iunes Sa Fortes, Daniela Cristina Belchior Mota, Lara Brum de Calais

Resumo


Este artigo teve como finalidade analisar os modos pelos quais o proibicionismo das drogas pode operar, produzir ou manter as lógicas da necropolítica no Brasil. Diante disso, foram utilizados como material de discussão e ilustração temática a pesquisa realizada pela Rede de Observatórios da Segurança “Racismo, Motor da Violência”, bem como a apresentação de gráficos e base de dados de noticiários para exemplificar e constituir a temática aqui discutida, compondo eixos sobre raça, policiamento e necropolítica. A partir dos estudos sobre o proibicionismo das drogas, foi possível verificar que essa política é marcada pelo pilar da branquitude burguesa sobre o lugar de perigo associado ao uso de drogas. Além disso, infere-se que o proibicionismo envolve interesses econômicos, políticos, jurídicos e policiais que vêm se constituindo através da biopolítica que atua na gestão da população, justificada pelo discurso de guerra contra a violência decorrente ao uso e comercialização das drogas. Contudo, o combate se faz majoritariamente contra a população que é constantemente marginalizada pela racialização dos corpos e por um Estado de Exceção operacionalizado pela necropolítica e pelo extermínio da população pobre e negra, especialmente.

 

Palavras-chave: Proibicionismo das drogas. Racismo. Biopolítica. Necropolítica.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13840652


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