O AFETO ENQUANTO PRÁXIS TRANSFORMADORA DA REALIDADE: A DIMENSÃO HUMANA E A AÇÃO POLÍTICA DA PSICOLOGIA

Ana Carolina Marendino Rodrigues, Conrado Pável de Oliveira, Lara Brum de Calais

Resumo


O presente artigo norteou-se a partir do objetivo de compreender as condições de possibilidade da dimensão ético-política do afeto (affectus) enquanto práxis transformadora da sociedade, especialmente na construção de lógicas de relações comunitárias. Sua construção perpassa, majoritariamente, uma perspectiva espinosana e sócio-comunitária, buscando investigar e compreender os entrelaçamentos existentes entre subjetividade, desigualdade social e a ação política da Psicologia. Nesse sentido, buscou-se um caminho metodológico que possibilita um diálogo entre a teoria e a prática psicossocial, de forma a tecer uma pesquisa de revisão bibliográfica a partir de pesquisa narrativa exploratória em paralelo a análise de trechos do diário de campo da autora principal – usado enquanto ferramenta de ilustração ao estudo do afeto na relação com o campo comunitário. Dessa forma, o presente artigo evidencia que o afeto, enquanto uma práxis transformadora e no diálogo entre Espinosa e Bader Sawaia, se torna um forte mediador de reação à ameaça de existência instituída pela desigualdade social, assim como um potencializador para ações coletivas que visem a transformação da realidade.

 

Palavras-chave: Prática psicossocial. Afeto. Práxis transformadora. Ação política. Diário de campo.


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