IDENTIDADE E MEMÓRIA NA COMUNIDADE RURAL DE SARANDIRA: A DIALÉTICA ENTRE A EXTENUAÇÃO E A LEMBRANÇA-TEIMOSIA

Andressa Camila Lenz Sott, Conrado Pável de Oliveira, Daniela Cristina Belchior Mota

Resumo


O trabalho procura discutir a relação entre identidade, memória e território a partir de uma pesquisa de campo no distrito rural de Sarandira, Juiz de Fora-MG. É fundamentado na abordagem teórico-metodológica da Psicologia Comunitária Latino Americana e na categoria identidade metamorfose de Antônio Ciampa (2009). A relação com a comunidade de Sarandira se iniciou em março de 2019, a partir da experiência de estágio curricular em Psicologia Comunitária. Foi realizada uma pesquisa qualitativa utilizando como instrumentos a observação participante e entrevista com uma mulher residente na comundade. Com base nesse no material coletado, a identidade é discutida pela tensão entre as categorias “extenuação” e “lembrança-teimosia”, criadas a partir da análise dos dados, segundo o método hermenêutico dialético. Ao entender o rural enquanto periférico, discute-se a influência de fatores universais e singulares na conformação da identidade neste território. A partir da análise dessa história de vida observou-se a memória enquanto fator chave para a reformulação da identidade e fomento à capacidade de agir e cuidar desde o lugar de pertencimento. Nesse sentido, a memória trabalhada é, portanto, uma forma de articular ação e a resistência às violências estruturais que incidem sobre subjetividades e territórios historicamente marginalizados.

 

Palavras-chave: Memória. Identidade. Psicologia Comunitária. Ruralidades.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13839871


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