SOBRE A RESISTÊNCIA OBJETIVA DO FEMININO: POSSIBILIDADES SUBJETIVAS DA MULHER FRENTE AO REGIME DITATORIAL

Marcella Santos Mendonça, Lara Brum de Calais, Elaine Aparecida Laier Barroso

Resumo


Na história brasileira e de seus governos, nota-se que a construção do país se deu a partir de um sistema patriarcal, que perdura até os dias atuais. Entretanto, considerando a produção historiográfica em relação ao tempo e espaço, pode-se constatar divergências nos papéis designados historicamente aos homens e as mulheres, fazendo-se necessário uma desconstrução dos mesmos. A partir dessa perspectiva, busca-se colocar foco sobre a mulher como sujeito e protagonista da história, ressaltando sua luta nos tempos de repressão como na Ditadura militar (1964-1985). Assim, o presente artigo tem por objetivo analisar brevemente o processo de construção histórica do Brasil e de seus governos de base autoritária, problematizando os impactos de uma lógica repressiva na constituição da subjetividade feminina, além de indagar a posição da mulher neste cenário. Para tanto, lança mão de exemplos de representatividade feminina, tais como atriz Leila Diniz (1945-1972), a guerrilheira Vera Silva de Araújo Magalhães (1948-2007) e a idealizadora do movimento pela anistia Therezinha Zerbini (1928-2015), protagonistas da resistência que influenciaram na luta emancipatória e rompendo com preconceitos e barreiras machistas. Conclui-se que mesmo diante de inúmeras tentativas de silenciar suas vozes, as mulheres romperam paradigmas impostos e resistiram através de sua luta. O artigo conta com uma revisão bibliográfica, buscando o que foi produzido a respeito de como a gestão de governos repressivos pode atravessar a constituição subjetiva do feminino na sociedade.

 

Palavras-chave: Mulher. Subjetividade. Patriarcado. Ditadura Militar. Resistência.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.13899065


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