A GENEALOGIA DO MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO: DE CARNÉADES A FREUD

Ísis Lopes Zisels, Regina Coeli Aguiar Castelo Prudente

Resumo


O presente artigo elucida, em um primeiro momento, o conceito de Pulsão (Trieb) no pensamento de Sigmund Freud, contemplando os aspectos gerais da teoria do desenvolvimento psicossexual que o médico e psicanalista vienense propôs entre os anos de 1905 e 1923. Por conseguinte, investiga a dinâmica conflituosa existente entre a demanda libidinal do sujeito, alusiva ao reservatório pulsional do aparelho psíquico (id), e a instância da Lei, que se inscreve no indivíduo a partir da representação simbólica das figuras de autoridade (superego). Doravante, compara, conforme o método da revisão de literatura, o mecanismo social repressor descrito por Freud em 1929 com a crítica do ceticismo grego ao paradigma ontológico da moral. Por fim, lança um olhar genealógico e inédito à questão antropológica e psicológica apresentada em O mal-estar na civilização, equiparando o caráter fundamental da Trieb aos impulsos primordiais do homem, constatados desde a Filosofia Helenística pelo cético Carnéades, no século II a. C.

 

Palavras-chave: Carnéades; Ceticismo; Freud; Pulsão; Superego.


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