Avaliação da compatibilidade de epítopos HLA e a formação de DSA de novo em transplante renal

Bianca de Oliveira Carvalho, Nathalia Barbosa do Espírito Santo Mendes

Resumo


Acredita-se que os anticorpos anti-HLA específicos contra o doador de novo
(dnDSA) podem ocorrer devido à presença de determinado número de mismatches (MM) de eplets. Assim sendo, este estudo teve por objetivo destacar e categorizar a relação entre os mismatches de eplets (MME), o processo de formação do dnDSA e sua influência na sobrevida do enxerto. Este trabalho foi um estudo de revisão bibliográfica em bases de dados eletrônicos, como SciELO, Science Direct, ResearchGate, PubMed/NCBI, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/BIREME) e site da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos). Foram avaliados artigos em inglês, português e francês publicados entre os anos de 1999 e 2020. A relação entre os MME e a formação do dnDSA é amplamente discutida e sempre associada ao maior risco de perda do enxerto visto que, em estudo, pacientes sem MME não desenvolveram dnDSA. Acredita-se que, receptores que transplantaram com MM de DQ apresentam 50% mais chances de desenvolverem rejeição, inclusive RMA. Além disso, tem-se destacado que a partir de uma contagem de <7 MM de eplets para HLA-DR e 9 para DQ podem ser o suficiente para o desenvolvimento mínimo de dnDSA. A caracterização do HLA do conjunto doador-receptor a partir de seus eplets fornece aspectos de incompatibilidade não analisados em exames tradicionais. Por isso, apesar de ainda existirem diversas lacunas de conhecimento que precisam ser abordadas quando se trata da utilização destes métodos, estes têm se mostrado bastante promissores ao que concerne na ampliação da vida-útil dos enxertos renais.

Palavras-chave: Anticorpos Específicos Contra o Doador. Mismatch de Eplet.
Transplante Renal.


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Referências


https://doi.org/10.5281/zenodo.14014299


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