MOUNIER E PÉGUY: HISTÓRIA DE UMA RELAÇÃO CULTURAL E ESPIRITUAL

Paolo CUGINI

Resumo


O presente artigo tem como objetivo principal buscar a origem do pensamento de Emmanuel Mounier e do personalismo comunitário, corrente filosófica por ele elaborada. Neste esforço, a pesquisa nos conduz nas páginas de um outro pensador francês: Charles Péguy. Encontramos, de fato, nas páginas do poeta e filósofo de Orleans vários conteúdos que serão presentes na reflexão de Mounier desde o começo do seu trabalho filosófico. Não é por acaso que a primeira obra do jovem Mounier seja dedicada a Péguy.  É o mesmo Mounier nesta obra, que oferece chaves de leituras importantes para compreender o caminho do desenvolvimento do seu pensamento. A tomada de consciência da necessidade de uma ruptura com aquilo que era percebida como uma desordem estabelecida, assim como a percepção da realidade que não pode ser avaliada somente do ponto de vista material, mas que deve sempre ser relacionada à dimensão espiritual, são temas que enchem as páginas do primeiro Mounier e que encontramos presentes em Péguy. É sempre Mounier que nos oferece também a chave de leitura da maneira diferente que ele tem de elaborar os conteúdos, fruto de um pensamento intuitivo, mais de que uma especulação de tipo dedutivo. Este método intuitivo presente nas páginas de Mounier foi assimilado desde a juventude das páginas de Péguy, que ele mesmo elaborou frequentando as aulas de Henri Bérgson.


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