O PROCEDIMENTO DIALÉTICO COMO ESTRUTURA DO FILOSOFAR PLATÔNICO NA OBRA A REPÚBLICA

Gabriel Dias Ferreira de SOUZA, Laureandro Lima da SILVA

Resumo


Este artigo versa sobre a dialética como expressão da estrutura fundamental do filosofar platônico na obra de maturidade A República. A indagação que motiva a presente pesquisa é a seguinte: É válido afirmar que o procedimento dialético coincide com a estrutura fundamental do pensamento platônico tal como expresso na República? O referencial hermenêutico adotado para se responder a essa questão é aquele da escola de Tübingen, o qual aponta para o conteúdo das doutrinas não escritas de Platão transmitidas à posteridade por seus discípulos da Academia como sendo de decisiva importância para a fidedigna interpretação do filósofo. Segundo esse referencial, a doutrina do Uno e da Díade indeterminada é o fulcro da doutrina platônica, constituindo, por isso, seu princípio de sistematização. Tal instância metafísica suprema se expressa em todos os níveis da doutrina platônica e, poder-se-ia dizer que, no que diz respeito ao conhecimento humano histórico, expressa-se como e por meio da dialética. Assim, a dialética enquanto pensamento da unidade na multiplicidade e da multiplicidade na unidade, identifica-se com o eixo de sustentação da filosofia de Platão. No diálogo A República, considerado o diálogo central do filósofo grego, a eminência da dialética e do dialético é especialmente destacada em relação à sua significação para a política, a ética, a educação, a gnosiologia, a mística e para a própria metafísica. Por conseguinte, a dialética corresponde à estrutura fundamental do pensamento platônico neste diálogo.


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