NOS LIMITES DA ESCRITA E DA REPRESENTAÇÃO EM O FILHO ETERNO, DE CRISTOVÃO TEZZA: AUTORIA, SÍNDROME DE DOWN, TERAPIAS E ESCOLARIZAÇÃO

OLIVIA DE CASTRO OLIVEIRA BENTO

Resumo


A presente dissertação, inserida na linha de pesquisa Literatura Brasileira: enfoques transdisciplinares e transmidiáticos, do Programa de Mestrado em Letras do Centro Universitário Academia, busca analisar as representações de si e a trajetória do processo de inclusão social, educacional e terapêutico no cenário da década de 1980, no romance O filho eterno (2007), de Cristovão Tezza. O escritor, nessa obra, narra a relação de um pai com seu filho com síndrome de Down. O filho eterno (2007) marcou a produção literária de Cristovão Tezza, pois foi traduzida em cinco línguas, publicada em oito países, recebeu vários prêmios e, ainda, foi adaptado para o teatro e o cinema em 2016, tornando-se um raro sucesso de crítica e público. Para compor as dificuldades e aprendizagens da relação paterna, o narrador utilizou-se da representação de aspectos educacionais que compõem o cotidiano das crianças com esta síndrome. Em nossa hipótese, o grau de detalhamento desses procedimentos e a representação emocional mobilizada na composição da narrativa levaram a recepção da obra ligada ao campo das escritas do ego, em especial, da autoficção. Consideramos, para fundamentar nosso trabalho, os pressupostos teóricos delineados nas abordagens de Karl Erik Schøllhammer e de Paula Sibilia sobre a representação do ego nas narrativas contemporâneas brasileiras, bem como as teorias sobre a escrita de si. Para compreender a constituição dos sujeitos e do processo de estimulação terapêutica e educacional na síndrome de Down no decorrer dos anos de 1980, detalharemos as citações sobre as terapias que emergiram nas páginas da obra O filho eterno (2007), especialmente com a análise dos pensamentos de autores como Burrhus Frederic Skinner, cientista da área da Psicologia; Jean William Fritz Piaget, psicólogo; e Sigmund Freud, médico neurologista. Palavras-chave: Cristovão Tezza;O filho eterno;Autoficção;síndrome de Down;Escolarização

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Referências


ALTAMIR CELIO DE ANDRADE Orientador

JULIANA GERVASON DEFILIPPO Docente

EDMON NETO DE OLIVEIRA Participante Externo

Data de defesa: 06/12/2021


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