OS CAMINHOS DE MORTE PARA UMA AURORA DE VIDA: O MUNDO INTEIRO NO SERTÃO SEVERINO

Resumo

A presente dissertação tem por objetivo analisar o poema Morte e vida severina: auto de Natal pernambucano (1954-1955), de João Cabral de Melo Neto. Tal análise busca, para tanto, aplicar o conceito de palimpsesto, de Gérard Genette, a fim de compreender - com esse autor - que toda obra é derivada de uma obra anterior, por transformação direta, indireta ou imitação. Além desse conceito, busca-se também desenvolver o horizonte simbólico que permeia o poema, examinando, sobretudo, os temas que se ligam ao sagrado e à literatura bíblica. Nesse sentido, os temas da morte e da vida, já constantes no título do poema, ganham relevância fundamental para a análise e permitem que sejam olhados de modo particular. Para embasar as reflexões propostas para essa dissertação, autores como Gérard Genette, Antonio Candido, Benedito Nunes, Antonio Carlos Secchin, Félix Athayde, Alfredo Bosi, Philippe Ariès, Waltencir Alves de Oliveira, Hermide Menquini Braga, Eli Brandão Silva, Lorenzo Papette, João Décio Passos e Yuval Noah Harari serão fundamentais. Além deles, a fonte de análise, para título de comparação, será a Bíblia, particularmente, os Evangelhos de Marcos, Lucas e João. A partir de seus pensamentos, serão buscados elementos que colaborem para uma dissertação ancorada na obra literária de João Cabral e na percepção do seu pensamento como motivo para se pensar o ser humano em todos os tempos e lugares, particularmente no mundo contemporâneo, em tempos fortemente afetados pela pandemia da COVID 19, a qual mudou o cenário mundial.  Palavras-chave: Morte;Vida;Palimpsesto;Bíblia;João Cabral de Melo Neto