POESIA, CORPO E RESISTÊNCIA: A POÉTICA DE ANGÉLICA FREITAS E JENYFFER NASCIMENTO

SUZANA MCAUCHAR .

Resumo


Resumo:Esta dissertação tem por objetivo refletir sobre as dimensões estética e política dos modos de representação do corpo da mulher na poesia contemporânea feminina brasileira. Dentro dessa perspectiva, toma-se como corpus de estudo os livros um útero é do tamanho de um punho (2017), de Angélica Freitas, e Terra fértil (2014), de Jenyffer Nascimento. Ambas as obras são fortemente marcadas por uma representação do corpo da mulher a partir do uso de estratégias linguístico-retóricas, como a construção de sátiras, a apropriação e ressignificação de textos, e o emprego da ironia e da paródia. Dentro dessa perspectiva, nossa hipótese de partida é a de que o processo de apropriação e torção dos discursos socialmente compartilhados e naturalizados sobre corpo feminino consiste em uma estratégia de engajamento feminista própria às poéticas de Angélica Freitas e Jenyffer Nascimento. É nesse sentido que, partindo da noção de corpo que circula na obra do filósofo francês Michel Foucault e de conceitos ligados ao mesmo e à noção de escrita feminina formulados por teóricas como Sandra Regina Goulart Almeida, Lucia Castello Branco, Heloisa Buarque de Holanda, Susan Bordo e Elaine Showalter, buscaremos refletir sobre em que medida a escrita das autoras aqui em questão nos permite delinear uma determinada forma de discurso estético-político em circulação na poesia contemporânea brasileira; uma forma radicalmente marcada pelo gesto de resistência.Palavras-chave:Angélica Freitas;Jenyffer Nascimento;Representação do corpo feminino;Escrita e Resistência;Poesia Contemporânea Brasileira

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Referências


MOEMA RODRIGUES BRANDAO MENDES Docente

ALEX SANDRO MARTONI Orientador

NICEA HELENA DE ALMEIDA NOGUEIRA Participante Externo

Data da Defesa: 30/09/2019


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