MODERNIZACAO DOS SENTIDOS: CORPO, CIÊNCIA E O FANTÁSTICO EM FRANKENSTEIN, DE MARY SHELLEY, E DENTRO DA NOITE, DE JOÃO DO RIO
Resumo
Resumo:Esta dissertação objetiva investigar como a literatura fantástica representa, pensa e dialoga com as novas epistemologias do corpo em emergência na modernidade. Dentro dessa perspectiva, tomaremos como referência as obras Frankenstein (1818), de Mary Shelley, e os contos Dentro da noite (1911) e A mais estranha moléstia (1911), de João do Rio. Ao aventar a possibilidade criação de vida por meio da reanimação de tecidos mortos, a obra da escritora inglesa se inscreve no âmbito de um conjunto de novos discursos sobre o corpo em circulação no início do século XIX, tais como as técnicas cirúrgicas da era napoleônica e a dimensão poética da escultura fragmentada. Os contos do escritor carioca, por sua vez, exploram os efeitos fisiopatológicos provocados pela inervação do corpo na experiência energética e vertiginosa da atmosfera urbana. Na medida em que ambos os textos parecem estar inscritos historicamente em etapas distintas da modernidade epistemológica, isto é, em períodos marcados por novas formas de conhecimento sobre o corpo, cabe-nos perguntar: como essas novas formas de conhecimento do corpo influem no próprio processo de construção do efeito fantástico dessas narrativas?Palavras-chave:Frankenstein;João do Rio;Literatura Fantástica;Modernidade;Epistemologia do corpo
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ALEX SANDRO MARTONI Orientador
EDMON NETO DE OLIVEIRA Docente
EVANDRO JOSE MEDEIROS LAIA Participante Externo
Data da defesa: 02/03/2020
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