DAS PAREDES DA CASA AO TEXTO FICCIONAL: REPETIÇÃO E MEMÓRIA EM BARTOLOMEU CAMPOS DE QUEIRÓS

MARCIA CRISTIANE DA FONSECA PAIVA .

Resumo


Resumo:Bartolomeu Campos de Queiroz (1944-2012), escritor contemporâneo mineiro, traz em suas obras marcas da memória e da autobiografia. Esta pesquisa tem como objetivo analisar estes traços, no corpus, Indez (1985), Por parte de pai (1995), Ler, escrever e fazer conta de cabeça (1996), e O Olho de Vidro de meu avô (2004). A partir da premissa de que a produção literária do autor apresenta traços de experiências vividas, sobretudo no convívio familiar, buscou-se ressaltar o processo utilizado na elaboração das lembranças da primeira infância na escrita memorialística, principalmente a repetição de eventos. Sem abdicar da gramática da fantasia, Bartolomeu Campos de Queirós afirmava que toda memória é ficcional, aspecto que pode ser observado ao ser reiterado na produção do autor. A memória, comumente entendida como uma recordação ou uma lembrança, além de representar também um armazenamento de informações de fatos vividos ou ouvidos, na literatura de Queirós torna-se o elemento desencadeador do desejo de narrar. A hipótese desta dissertação é de que o autor, por meio da repetição, procurou criar em suas obras um espaço de reflexão lacunar, utilizando-se da prosa poética, na qual as certezas sobre as relações sociais e afetivas, principalmente as familiares em suas várias instâncias são abolidas. As posições teóricas de Eliana Yunes, Eneida Maria de Souza, Éclea Bosi, Philippe Lejeune, Pierre Bourdieu, entre outros, serviram de parâmetros para a análise dos aspectos memorialísticos, autobiográficos e poéticos presentes nos livros de Queirós.Palavras-chave:Bartolomeu Campos de Queirós;Autobiografia;Repetição;Memória

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Referências


MARIA ANDREIA DE PAULA SILVA Orientadora

JOSE GERALDO BATISTA Participante Externo

ALTAMIR CELIO DE ANDRADE Docente

Data da Defesa: 19/03/2018


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