A PERIFERIA ESTÁ ARMADA: POEMAS DE SÉRGIO VAZ

Resumo

Resumo:Esta pesquisa tem como objetivo interpretar e analisar alguns poemas do escritor Sérgio Vaz, procurando compreender de que maneira se evidencia a representatividade da periferia brasileira por meio das diversas vozes presentes no seu corpus poético selecionado. Ao identificar como é a periferia revelada nos poemas analisados, busca-se considerar como a poesia denominada marginal e/ou periférica da contemporaneidade se reveste de poder literário e social. Para além do caráter artístico, de deleite e de fruição, presente no texto literário – e, sobretudo, no poético - esta pesquisa intenta compreender a poesia como arma de denúncia, de crítica e de expressão diante de uma sociedade em que as vozes dos estabelecidos ainda se sobrepõem e contagiam as vozes dos outsiders. Para a concepção de quais são as vozes presentes nos poemas analisados, baseou-se em estudos de pesquisadores da contemporaneidade e da literatura marginal, tais como: Alexandre Faria, Beatriz Resende, Érica Peçanha, Ivete Lara Camargos Walty e Karl Erik Schøllhammer. Ainda a respeito de questões sociológicas que discutem conceitos sobre estabelecidos e outsiders, o estudo de Norbert Elias e John L. Scotson foi uma das referências principais utilizadas. A relevância deste estudo está na necessidade de identificar essas vozes e defini-las poeticamente, compreendendo a importância e a urgência desses discursos para a percepção de uma realidade social brasileira refletida em textos que se colocam, também, como arma social.Palavras-chave:Sérgio Vaz;Literatura brasileira contemporânea;Marginalidade;Periferia;Poesia brasileira contemporânea