TERREIRO UMBANDISTA: a arquitetura no espaço físico e espiritual

Maria Cysneiros da Costa Reis, Aline de Barros Pimenta

Resumo


O presente trabalho tem como finalidade evidenciar a potencialidade da arquitetura e do urbanismo em sua multifuncionalidade, bem como contribuir para expansão da potencialidade de atuação dos profissionais desta área de conhecimento. Hoje em dia, a arquitetura é reconhecidamente associada ao bem-estar social, tanto no que diz respeito a aspectos urbanísticos, sociais, políticos e religiosos, quanto étnicos e sexuais. Corroborando esta linha de pensamento, o projeto de um terreiro umbandista objetiva apresentar o estado da arte da temática religiosa, mais especificamente de uma religião que, em nosso país, é associada a conceitos e fundamentos que não a caracterizam de fato. Ao abordar-se a temática religiosa da umbanda com embasamento teórico e prático, de vivência, acredita-se trazer à luz do conhecimento a um contingente maior da sociedade e assim potencializar a redução do preconceito à prática, que a sociedade ainda demonstra nos dias de hoje. Diante de diversos pensamentos e explanações sem adequado estudo do tema, sem o conhecimento dos princípios e conceitos da umbanda, questiona-se: como a arquitetura pode contribuir positivamente à esta situação? Como podemos observar, comumente, centros umbandistas se localizam “escondidos” e/ou “distantes” das regiões centrais, de forma que refletem uma sensação de “oculto” perante a sociedade em relação às outras religiões como por exemplo a católica e evangélica que possuem grandes e “expostos” templos em uma cidade. O presente projeto arquitetônico dedica-se a trazer maior visibilidade para o local para o qual foi proposto, bem como para a religião, valorizando a diversidade religiosa nacional e o interesse, mais especificamente, a respeito do conhecimento da umbanda.

Palavras-chave: Umbanda. Arquitetura religiosa. Sociabilidade.


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