A FORMAÇÃO DO CLERO NO BRASIL (1890-1930): CONEXÕES ENTRE O MACRO E O MICRO – UM ESTUDO DE CASO, A DIOCESE DE JUIZ DE FORA
Resumo
A formação do clero no Brasil, durante o período da Primeira República (1889-1930), foi analisada a partir do processo de centralização promovido pela Cúria Romana no âmbito de seu projeto de Igreja Universal. Sob a perspectiva da relação entre o macro e o micro, busca-se investigar como esse processo ocorreu, destacando os elementos importantes que se interpunham entre esses dois polos. No plano macro, encontramos uma Europa dilacerada por conflitos políticos que culminaram na Primeira Guerra Mundial. Nesse contexto, a Cúria Romana vivenciou os impactos do desequilíbrio político, o que colocou fim à convivência relativamente segura garantida pelos Estados Liberais em desenvolvimento, elemento que afetou diretamente o recrutamento de novas vocações para campo religioso católico. No plano micro, no Brasil, no contexto da Primeira República e da afirmação do Liberalismo Político, concluiu a separação entre os poderes civil e religioso. Nesse cenário, a Igreja Católica no Brasil, orientada pelas diretrizes papais, buscou uma maior aproximação com a Cúria Romana, guiandose pelo espírito de centralização. Esse movimento visava afirmar a unidade da comunidade religiosa e, simultaneamente, traduzir um estatuto ou modelo que marcasse de forma definitiva e perpétua os valores da Igreja Católica na sociedade. O estudo de caso, a formação do clero da Diocese de Juiz de Fora, demonstra como as lideranças episcopais locais vivenciaram as diretrizes romanas, em estreita consonância com o projeto de Igreja Universal e aponta para um processo marcado por um equilíbrio móvel de tensões no plano micro.
Palavras-chave: Igreja Universal. Formação do Clero. Brasil República (1889-1930).
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