Associação das práticas alimentares e consumo alimentar com o estado nutricional de crianças de 6 a 10 anos de uma escola privada de Juiz de Fora - MG

Maria Eduarda Temponi TAVARES, Lawinia Guimarães JACOB, Fernanda Martins de ALBUQUERQUE

Resumo


Hábito alimentar, é definido como a adoção de prática que estará interligada com costumes tradicionais que percorrem e irão percorrer gerações, na qual também está interligada com a sociabilidade familiar e comunitária. Já o consumo alimentar é definido como o processo das escolhas alimentares do indivíduo, influenciado por fatores biológicos, socioeconômicos, oferta e disponibilidade de alimentos, sociais, além da cultura e do psicológico. Portanto, nota-se que os hábitos alimentares e o consumo alimentar podem contribuir diretamente para o sobrepeso e obesidade infantil. Objetivo: avaliar o perfil nutricional de crianças entre 6 a 10 anos matriculadas em uma escola central da rede particular de ensino, localizada no município de Juiz de Fora-MG, além disso, o objetivo secundário da pesquisa será associar as práticas alimentares e consumo alimentar dos escolares com o excesso de peso e obesidade. Metodologia: Trata-se de um estudo de análise transversal quantitativo, na qual participaram crianças de ambos os sexos, com idade entre 6 e 10 anos, matriculadas em uma escola privada, localizado na cidade de Juiz de Fora - MG. Os pais ou responsáveis foram convidados a participar de forma voluntária por e-mail. Na primeira fase da pesquisa, os pais foram orientados a responder a um questionário on-line. A próxima etapa consistiu na obtenção dos dados antropométricos das crianças na clínica escola de nutrição. Na última etapa, os pais receberam por e-mail o retorno individual com os resultados de todas as avaliações realizadas. Resultados e discussão: A partir das análises de associação entre práticas alimentares, consumo alimentar e estado nutricional das crianças, notou-se que, aquelas que consumiram frutas frescas no dia anterior apresentaram menor média de PC (59,2 ± 7,9 cm) quando comparadas àquelas que não consumiram (65,0 ± 9,8 cm) (p=0,047). Já os escolares que consumiram pelo menos um alimento in natura e/ou minimamente processado, apresentaram menor risco de DCV pela RCE (16,7%), quando comparadas àquelas que não tem esse hábito (100%) (p=0,023). Por fim, as crianças que possuíam o hábito de consumir alimentos trazidos de casa na escola apresentaram menor média de PC (p=0,003), RCE (p=0,039) e IMC (p=0,001), quando comparadas àquelas que compram alimentos na cantina. Os padrões alimentares na infância derivados de alimentos com alta densidade energética, alto teor de gordura e baixo teor de fibras alimentares, possui um maior risco para o desenvolvimento da obesidade. Considerações finais: Os resultados obtidos através da pesquisa mostram-se relevantes para um maior entendimento sobre as possíveis causas atreladas ao um desfecho antropométrico negativo e o quanto isso poderá afetar a saúde dos escolares. Ademais, poderá ser utilizado na elaboração de condutas a serem realizadas com o intuito de melhorar a saúde das crianças. Também, auxiliará no planejamento de ações para a prevenção e o controle de excesso de peso infantil no município de Juiz de Fora, Minas Gerais.

Palavras-chave: Excesso de peso. Escolares. Doença Cardiovascular. Consumo alimentar.


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