A relação entre a noção de homem enquanto espírito e o desespero na obra A doença para a morte de Kierkegaard

Alex Pereira da Silva, Denilson Santos da Silva, Gabriel Dias Ferreira de Souza, Natanael Cominoti da Conceição, Rômulo Gomes de Oliveira

Resumo


O presente artigo versa sobre a relação entre a antropologia de Kierkegaard, lastreada na noção de espírito, e a possibilidade do desespero, segundo a obra A doença para a morte (1849) do pseudônimo Johannes Anti-Climacus. Pretende-se ressaltar como o conceito de espírito é central na elaboração da antropologia kierkegaardiana, bem como elucidar a relação entre espírito e desespero na referida obra. Apresenta-se, inicialmente, um preâmbulo metodológico que indica a singularidade da obra de Kierkegaard e de sua leitura. Em seguida, traça-se um panorama geral a respeito do tema do pecado em outras duas obras especialmente relacionadas à obra analisada: Migalhas filosóficas (1844) e O conceito de angústia (1844), ambas assinadas por outros pseudônimos. Termina-se explorando a definição de ser humano enquanto espírito presente na primeira parte de A doença para a morte, bem como os conceitos de síntese negativa e desespero. A partir dessa apresentação, conclui-se que o entendimento do homem como espírito é a condição de possibilidade para a compreensão do desespero, oferecendo um importante critério para se interpretar a antropologia de inspiração cristã.

 

Palavras-Chave: Cristianismo. Desespero. Espírito. Antropologia. Kierkegaard.


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