Nietzsche e Freud: a crítica à civilização

Robione Antonio Landim, Gabriel Silva dos Santos, Larissa de Fatima Teixeira Rodrigues, Lucas Ribeiro Vaz Vitorino, Nicholas Emanuel Rodrigues Reis

Resumo


O presente trabalho tem como objetivo apresentar Nietzsche e Freud como dois críticos da civilização ocidental. Esta significou a domesticação dos instintos, ou seja, recomendou-se a tirania da razão sobre os instintos. A crítica da moral é o caminho pelo qual se efetiva a análise nietzschiana sobre a civilização. Em A genealogia da moral, Nietzsche interroga o valor dos valores, pois existem valores a partir dos quais se avalia algo, mas existem interpretações e avaliações anteriores que determinam o valor desse valor. A crítica genealógica revela as condições de criação dos valores. Introduz-se, assim, a pergunta: O que quer aquele que postula esse valor? Observa-se a existência de dois tipos básicos que determinam o valor: o tipo senhor e o tipo escravo. Este foi o tipo que fundamentou a moral cristã na cultura ocidental. Os ideais cristãos suprimem os instintos do homem, característico do tipo homem doente, que toma como médico a figura do sacerdote ascético. Freud em O mal estar na civilização também aponta para as fontes do mal-estar do homem moderno. Este seria o resultado da renúncia à satisfação completa dos instintos. A civilização impõe sacrifícios não apenas à sexualidade, mas também ao pendor agressivo do homem. O mecanismo de interiorização da agressividade dá origem ao super-eu, possibilitando a neutralização dessa agressividade na cultura. Quanto maior é a renúncia aos instintos, mais exigência de renúncia vem do supereu, que pune o “eu” até mesmo por desejos não realizados.

 

Palavras-chave: Nietzsche. Freud. Civilização. Instintos. Vida.


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