ARMAZÉM DE LEMBRANÇAS: BAÚ DE OSSOS, DE PEDRO NAVA

Andréa Ferreira Carvalho Falconi, Moema Rodrigues Brandão Mendes

Resumo


Esta reflexão considerou como eixo teórico as concepções defendidas por Henri Bergson a partir das elucubrações registradas na obra, Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito (1999), e no romance memorialista, Baú de ossos, do escritor mineiro, Pedro Nava (1973). Ressalta-se, porém, que foram utilizados outros conceitos que se fizeram necessários para a sustentação argumentativa da proposta que foi identificar, nos ossos do baú, em que medida pôde-se constatar a distinção ou aproximação relacional entre memória, corpo e espírito. A memória lírica de Pedro Nava registrou a matéria que construiu a lembrança. Esta construção gerou uma singular impressão, haja vista que a matéria produz a lembrança que é armazenada pelo cérebro que por sua vez, incita a produzir uma sensação ao espírito, advinda destas ações sequenciais. Nesta correspondência, observou-se o diálogo entre o que foi vivido, e a elaboração da lembrança na construção da memória, pressupondo-se que o narrador tenha se constituído por experiências conscientes e relembráveis do passado. A memória, portanto, parece ser um fenômeno individual que, todavia, nesta ponderação, deve ser compreendida como um fenômeno coletivo e social, submetido a mudanças constantes.
Palavras-chave: Matéria e Memória. Henri Bergson. Pedro Nava. Baú de ossos.

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


 ANALECTA é um espaço para repositório de resumos e anais dos Congressos promovidos pelos cursos do Centro Universitário Academia. Juiz de Fora (MG).